terça-feira, 17 de março de 2009

A alegria do carnaval deveria ser de todos

Quarta-feira de cinzas. Vocês sobreviveram? Sempre procuro sair do Rio de Janeiro nessa época mas, em 2009, por diversos motivos, fui obrigado a permanecer na cidade.

Morando no bairro que concentra a maior quantidade de blocos, convivi com a batucada de praxe e o insuportável cheiro de urina que emana das ruas. Ruas que foram literalmente fechadas para blocos, ignorando o direito de ir e vir dos moradores. Aliás, a duvidosa alegria da turba sempre acha que pode se sobrepor ao direito individual de quem não quer brincar... E, na prática, acaba mesmo se sobrepondo, com o apoio de autoridades mais interessadas em tudo o que lhes parece popular e o silêncio resignado de quem se sente desrespeitado.

Nada contra quem gosta de brincar e pular. Entretanto, muitos cariocas acham que brincar significa fechar ruas estritamente residenciais, quebrar bancas de jornais, mijar na portaria de prédios, arrumar confusão com o folião que está ao lado, e por aí vai. Se é assim, torna-se necessário colocar limites razoáveis para o próximo ano. Que tal colocar a Guarda Municipal e a Polícia Militar para efetivamente reprimir quem suja a rua, incluindo mijões e camelôs? Que tal proibir blocos em ruas residenciais que simplesmente não comportam esse tipo de manifestação?

Uma pequena e pontual "regulação" do carnaval permitiria a saudável brincadeira de quem quer brincar, sem atrapalhar o sono dos justos, que só querem descansar.

(Por Renato Pacca - 25/2/2009 - 16:41)

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